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Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

  • Foto do escritor: Dra. Carla Barros
    Dra. Carla Barros
  • 26 de ago. de 2019
  • 4 min de leitura

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) levou uma delegação recorde que representará o país nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, a partir de 23 de agosto. São 512 integrantes na missão brasileira, sendo 337 atletas, entre os quais atletas-guias, calheiros, goleiros e pilotos, que não possuem deficiência, de 23 estados e do Distrito Federal em 17 modalidades. Este número representa um acréscimo de 24% em relação ao time que ostentou o pavilhão nacional na última edição do Parapan, na cidade canadense de Toronto, em 2015.


Leomon Moreno, jogado de goalball, foi escolhido o porta-bandeira do Brasil.

Dentre os atletas que estão em Lima, 77% da delegação que representará o Brasil tem alguma deficiência física. A segunda deficiência predominante é a visual, com 22%, seguida da intelectual (1%). A equipe também é composta por 22 atletas que não possuem deficiência: atletas-guia (atletismo), calheiros (bocha), pilotos (ciclismo) e goleiros (futebol de 5). A delegação ainda conta com 197 pessoas da comissão técnica, equipe médica e demais integrantes estafe.


Conheça os esportes que podem ser praticados por deficientes visuais:


1. Futebol de 5

O futebol de 5 é uma modalidade esportiva voltada para atletas cegos. Ela é disputada em uma quadra semelhante à de futsal, com apenas algumas alterações. Os participantes usam vendas nos olhos já que alguns apresentam percepção luminosa e podem levar vantagem por causa disso. O diferencial nesse time é o goleiro, que enxerga normalmente. Além disso, a bola possui um barulho para orientar os jogadores. A partida tem dois tempos de 25 minutos cada e um intervalo de 10 minutos. A modalidade começou a fazer parte dos Jogos Paralímpicos em 2004 e o Brasil até então vem conquistando todos os pódios.


Brasil e Argentina ficaram no empate no futebol de 5 do Parapan — Foto: Washington Alves/EXEMPLUS/CPB

2. Goalball

Trata-se de uma modalidade esportiva feita exclusivamente para pessoas com deficiência

visual. Presente nos Jogos Paralímpicos desde 1976, o goalball se baseia nas percepções táteis e auditivas dos atletas, exigindo também bastante orientação espacial. Nessa competição, a bola é lançada e, rolando no piso da quadra, os jogadores tentam fazer o

gol. Enquanto uma equipe ataca, a outra tenta impedir o gol, deitando-se no chão para realizar a defesa. São três jogadores em cada equipe e vence o jogo aquela que fizer o maior número de gols.


Foto: Alê Cabral

3. Natação

Atletas com quase todo tipo de deficiência, como visual e física, competem em piscinas

de tamanho idêntico aos dos atletas olímpicos. As regras são dispostas pelo IPC

Swimming, órgão responsável pela modalidade no Comitê Paralímpico Internacional.

Adaptações sutis são feitas nas largadas, viradas e chegadas.


Daniel Dias conquistou o ouro nos 50m costas no Parapan de Lima — Foto: Ale Cabral/CPB

4-Judô

Primeira modalidade de origem asiática a fazer parte do programa paralímpico, o judô

compõe os Jogos desde 1988. Até então, só participavam homens com deficiência visual.

As mulheres passaram a ser aceitas apenas em Atenas-2004. São três categorias praticadas, isso de acordo com a possibilidade visual de cada um.


Giulia Pereira vence todas as lutas na categoria até 52kg e traz a primeira medalha de ouro para o Brasil. Foto: Alexandre Schneider/CPB/EXEMPLUS

5. Atletismo

No atletismo, há uma classificação que é feita em função da capacidade do esportista em

realizar movimentos, além da potencialidade dos músculos que não sofreram lesão e das

sequelas do tipo de deficiência. Sendo assim, existem modalidades para pessoas com deficiência física, mental e visual – nesta última, o atleta é acompanhado de um guia.


Petrúcio Ferreira puxa dobradinha brasileira nos 400m rasos e traz o ouro para o Brasil. Foto:Ale Cabral/CPB

6.Ciclismo

As provas podem ser disputadas por atletas com paralisia cerebrais, amputados e deficientes visuais. Há disputas em equipe e individuais, sempre sob as regras da União

Internacional de Ciclismo, que define mudanças sobre os tipos de segurança e classificações dos atletas. No Brasil, a Confederação Brasileira de Ciclismo regulamenta da

modalidade. O ciclismo paralímpico divide-se entre ciclismo de pista, com provas de

contrarrelógio, perseguição e velocidade, e ciclismo de estrada, com provas de contrarrelógio e resistência.


6. Hipismo paralímpico

Apenas o adestramento compõe o programa paralímpico no hipismo, incorporado de

maneira definitiva em Sidney-2000. Atletas com vários tipos de deficiência têm direito a

participar em provas mistas, com disputa entre homens e mulheres. Na modalidade, não

só amazonas e cavaleiros recebem medalhas, mas também os cavalos. Esse esporte é um dos mais indicados para a reabilitação física e também social das pessoas com deficiência física ou visual. Vale destacar que o local deve ter sinalização sonora para

orientar os atletas com deficiência visual.


7-Triatlo

O triatlo também faz sua estreia nos Jogos Paralímpicos de 2016. São 750m de nado,

20km de ciclismo e 5km de corrida, sendo que o tempo gasto na transição entre nado,

ciclismo e corrida também é computado no tempo total de prova. Vence o atleta que

realizá-la no menor tempo. Participam do esporte pessoas com diversos tipos de deficiência, desde cadeirantes, amputados até atletas com deficiência visual. As cinco classes do Paratriatlo são definidas pela União Internacional de Triathlon, através de um sistema de pontuação específico, e reconhecidas pela sigla PT. 


8-Vela

Um dos mais recentes esportes incorporados ao calendário paralímpico, a vela provém de

parceria entre a Classe de Vela Day Sailer, o Clube Paradesportivo Superação e o Clube

Municipal de Iatismo em São Paulo, a partir de 1999. Em 2003, o Comitê Paralímpico

Brasileiro reconheceu a adoção. Pessoas com deficiências locomotora ou visual podem

competir, sempre em barcos adaptados à realidade dos atletas. Há competições nas

categorias individual, em duplas ou trios.


Vamos torcer pelos nossos atletas, o Brasil conquistou o primeiro lugar no quadro geral de

medalhas nas três últimas edições dos Jogos Parapan-Americanos. Foi assim no Rio 2007, em Guadalajara 2011 e Toronto 2015. Neste último, conquistamos 257 medalhas, das quais, 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze.

 
 
 

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