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Cegueira e baixa visão no adulto

  • Foto do escritor: Dra. Carla Barros
    Dra. Carla Barros
  • 23 de out. de 2019
  • 3 min de leitura

Catarata, glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) são as três maiores causas de cegueira no mundo e no Brasil, são doenças que acometem,

principalmente, os idosos. Conheça um pouco mais.


Catarata




A catarata é o nome que se dá a opacidade do cristalino. A visão é perdida de forma lenta e gradual. Muitos pacientes, que não tem exigências visuais importantes, como dirigir ou

trabalhar não percebem a perda visual.


A prevalência de catarata senil é de 17,6% nos menores de 65 anos; 47,1% no grupo

entre 65-74 anos e 73,3% nos indivíduos acima de 75 anos. Calcula-se que além da demanda reprimida, em função do envelhecimento da população haja 120.000 novos casos/ano.


Catarata tem tratamento. Através da realização de um procedimento cirúrgico onde o

cristalino, a lente natural dos olhos, é trocada por uma lente intraocular artificial. Precisamos informar a população sobre a existência de tratamento para a catarata, e criar confiança nos serviços públicos para realização de cirurgias, estimular a rotina destes procedimento.


No Brasil temos uma população de pouco mais de 208 milhões de habitantes, precisamos

que o SUS, responsável pelo atendimento de 65% da população, garanta a realização de pelo menos 390 mil cirurgias de catarata/ano, outras 180 mil cirurgias devem ser realizadas pelo setor privado, chegando-se a um total de 540 mil procedimentos. Entretanto esse número, seria suficiente apenas para eliminar a cegueira instalada. Para evitar que mais brasileiros cheguem à cegueira por catarata, estimam-se que seriam necessárias 720 mil cirurgias/ano.


Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia.


Glaucoma




O glaucoma é a segunda causa de cegueira no mundo, perdendo apenas para a catarata. É uma neuropatia óptica caracterizada pela perda progressiva do campo visual, o glaucoma representa hoje 12,3% dos casos de cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.


No Brasil, estima-se em cerca de 1 milhão os casos da doença, com incidência de 2 a 3% na população acima de 40 anos, a partir dos 70 anos, a incidência da doença sobe para 10%, de acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Dos cerca de 1 milhão de glaucomatosos, 50% ou mais não sabem que são portadores da doença. A estimativa é que até 2020 o glaucoma deverá atingir 80 milhões de pessoas em todo o mundo.


O caráter hereditário confere aos parentes de 1º grau 10 vezes mais chances de desenvolver a doença.


Para reduzir o número de cegos por glaucoma no Brasil, três medidas são

necessárias:

• Ampliar o conhecimento da população sobre a doença;

• Garantir que a população pertencente aos grupos de risco (maiores de 50 anos, histórico familiar da doença, afro descendentes, pacientes com pressão intraocular elevada), sejam submetidos a exame oftalmológicos frequentes;

• Garantir o acesso ao tratamento (com o fornecimento dos colírios necessários) e a educação dos pacientes sobre seu uso.


Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)




A DMRI é a principal causa de cegueira irreversível em indivíduos com mais de 50 anos nos países desenvolvidos. O sintoma mais comum é a perda da visão central do campo visual. Estudos internacionais apontam para incidência e prevalência crescentes após essa faixa etária, com cerca de 30% da população com mais de 75 anos apresentando algum

estágio dessa doença.


No Brasil, estudos epidemiológicos são escassos. Com base em dados de outros países,

estima-se que 4% das cegueiras no Brasil têm como causa a DMRI. Estimativas com base na projeção populacional do IBGE, apontam que em 2030 teremos 887.776 pacientes com DMRI.


Fatores de risco são a etnia caucasiana(brancos), a aterosclerose e tabagismo.

Entre todos esses fatores, apenas o tabagismo é um fator modificável, e sua interrupção reduz o risco de doença.A informação da existência da doença deve ser difundida na comunidade para que as pessoas procurem espontaneamente por assistência médica especializada. A identificação da doença em seu estágio inicial e o rápido encaminhamento para o oftalmologista resultarão em um melhor prognóstico dos casos.


Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

 
 
 

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